Do Instituto Patrícia Medrado para a vida: a jornada transformadora de Rebeca no tênis

6 de maio de 2025
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Quando Rebeca Nascimento de Oliveira pegou pela primeira vez em uma raquete, ainda criança, não imaginava o quanto aquele gesto simples se tornaria um alicerce para o seu crescimento pessoal e para os sonhos que hoje carrega consigo. Aos 17 anos, ela já acumula alguns títulos de nível intermediário no estado de São Paulo — mas mais do que números, sua história é sobre transformação. E o tênis, somado ao acolhimento e à formação oferecida pelo Instituto Patrícia Medrado, teve um papel decisivo nesse processo.

Rebeca entrou no projeto em abril de 2016, e de lá para cá já são nove anos de dedicação, aprendizado e superação. Antes disso, ela já havia tido contato com o tênis de maneira informal, ao lado do pai, Lourival Fernandes de Oliveira, que também é apaixonado pela modalidade. “Eu comecei a me interessar pelo tênis ainda bem nova. Jogava com meu pai e os amigos dele. Sempre gostei de esportes, mas o tênis me chamou atenção pela combinação de técnica, estratégia e resistência”, conta a jovem.

Foi por meio de conhecidos que ela ficou sabendo da existência do IPM. A curiosidade rapidamente se transformou em entusiasmo e, com o apoio da família, ela mergulhou de cabeça no projeto social. “Quando me falaram sobre o IPM e o que eles faziam, fiquei super animada e fui atrás de saber mais. Foi aí que tudo começou.”

Desde então, a Rebeca mudou — e muito. Segundo Lourival, a filha se tornou mais comunicativa, determinada e responsável. “A evolução foi muito grande. Ela está mais aberta e social. Hoje, tão jovem, já mostra responsabilidade em manter sua rotina de treinos e estudos”, afirma, com orgulho. Ele próprio teve um contato anterior com o esporte, como pegador de bola nos anos 1980 e, mais tarde, começou a ter aulas de tênis em 2013. A influência foi natural.

O caminho, no entanto, não foi fácil. Como tantas famílias brasileiras, a rotina de Rebeca e seus pais precisou ser adaptada à realidade. Participar de torneios, manter a constância nos treinos e conciliar tudo com a escola exigiu esforço coletivo. “O desafio é manter essa rotina sem um apoio expressivo, mas ela é muito focada. O IPM fez toda a diferença. Antes, ela treinava sem compromisso. Depois que entrou no projeto, foi ela quem pediu para jogar um torneio”, relembra o pai.

Hoje, a jovem treina com dois técnicos, um deles Vitor Segatti, do próprio IPM. Com o apoio de seu primeiro patrocinador, a escola de inglês Cel.Lep, ela treina em dois lugares diferentes e se mantém presente em ações pontuais do IPM. Além disso, vem disputando campeonatos da Federação Paulista de Tênis e da plataforma Universal Tennis Ratings (UTR), com sete títulos conquistados em 15 torneios. “Logo mais estarei jogando em competições da CBT. Cada evento é uma nova chance de aprender e me desafiar”, afirma.

Apesar da rotina intensa, Rebeca mantém o foco também nos estudos e tem planos sólidos para o futuro. “Quero seguir crescendo no tênis e, quem sabe, representar o Brasil em competições importantes. Mas também sonho em me formar e ser engenheira de produção.”

Mais do que treinos e vitórias, o que fica são os valores. Ao falar sobre o legado que leva do Instituto, Rebeca é clara: “No IPM aprendi respeito, perseverança, responsabilidade e trabalho em equipe. Esses valores fazem diferença não só no esporte, mas em tudo na minha vida. Levo comigo a ideia de que esforço e dedicação abrem caminhos.”

E se pudesse dar um conselho a outros pais que têm filhos em projetos como o IPM, Lourival não hesita: “Participem. Incentivem seus filhos sempre. Estejam nos movimentos criados pelo projeto. O impacto vai muito além da quadra.”

A história de Rebeca é uma entre tantas que provam o poder de transformação que o esporte carrega quando aliado à educação e ao acolhimento. No Instituto Patrícia Medrado, o tênis é mais do que um jogo — é uma ferramenta para revelar talentos, fortalecer valores e abrir portas. Rebeca deu o primeiro saque com curiosidade. Hoje, ela encara cada ponto como uma oportunidade de ir mais longe.